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Queloide, dá para prevenir?
Muita gente desiste de fazer uma tatuagem ou colocar um piercing, com medo de formar os tão temidos queloides.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, os queloides podem ocorrer em 5% a 15% das feridas cirúrgicas e apesar de benignos, tendem a voltar mesmo depois de serem removidos por cirurgia. Se uma pessoa tem tendência a formar queloides, qualquer lesão que possa causar cicatriz pode levar à sua formação.
O dermatologista Gustavo Saczk explica que há diferenças entre queloides e cicatrizes comuns que ficam apenas mais elevadas:
“O queloide é uma cicatriz que se prolifera em exagero e excede os seus próprios limites. Já uma cicatriz hipertrófica é o tipo de cicatrização com resultado estético indesejado, mas que fica dentro dos limites da cicatriz”.
Infelizmente, não existe nada que possa ser feito anteriormente a um procedimento cirúrgico ou estético para evitar o surgimento de um queloide. Isso porque não há causas específicas. O queloide pode aparecer simplesmente após qualquer tipo de lesão.
“A prevenção se dá evitando áreas de maior probabilidade de ocorrência do queloide. E o tratamento deve ser iniciado logo que se perceba que a cicatriz está aumentando de tamanho ou apresentando coceira”, complementa o dermatologista, acrescentando que peles morenas e negras são mais propensas ao surgimento do queloide.

“Isso ocorre por uma maior quantidade de colágeno na pele e uma maior probabilidade de reorganização desse colágeno de forma errada”, diz.
No entanto, ter tendência a ter queloides não é impeditivo para quem deseja ter uma tatuagem. Basta se atentar a algumas questões, como evitar fazer os desenhos em algumas áreas do corpo.
“Queloides são mais comuns, em qualquer pessoa, nas regiões de peitoral e dorso superior. Então, essas regiões devem ser evitadas em pessoas com tendência a cicatrização inestética. Além disso, cremes cicatrizantes que contenham silicone podem ser utilizados após uma semana, geralmente, quando a pele já está íntegra. Qualquer reação exagerada deve levar a pessoa a procurar um dermatologista para tratar o problema o quanto antes”, acrescenta Gustavo Saczk.
E se ainda assim começar a coçar e surgir o queloide, nem tudo está perdido!
“Nesses casos, o dermatologista deve tratar o quanto antes. Geralmente são usados cremes específicos ou, em alguns casos, infiltrações localizadas de corticoide. Porém, tudo em consultório e com orientação”, lembra o especialista.